quarta-feira, 8 de julho de 2009

em belém

Cláudio Barros preparando parte do elenco do curta Shala
Antecedentes
A Secult entendeu a importância da parceria e nos cedeu as duas passagens para fazermos este estágio em Belém, somos muito gratos por isso. Não havia mais vôos disponíveis e não chegaríamos a tempo. Foi uma correria pra conseguirmos vagas num navio que nos levasse (trouxesse) à Belém antes do dia 7 (quando começaria a ser rodado o filme), mas conseguimos as vagas e embarcar.

Embarcamos no navio Almirante do Mar no domingo às 10hs, a viagem foi bem tranqüila e, entre-outras-coisas, conhecemos um figura de são Paulo que, é entre-outras-coisas, engenheiro de som. O maluco já trabalhou no rock’n rio e já fez show do Metálica entre-outras-coisas (hehehe). Dentre estas outras coisas o cara trampa numas emissoras de rádio que transmitem para várias cidades do Brasil e ele pediu pro Ronix mandar o material da Marttyrium pra ele por no ar, vamos aproveitar e mandar material de outras bandas também. Figurassa o cara, Cezar. Pode vir uma parceria bem interessante disso aí.

De madrugada, no navio, parecia que o tempo tinha parado, as águas dos rios estavam incrivelmente calmas o barco parecia não se mover, a lua iluminava a calmaria e não havia nuvem no céu, apenas ela e as estrelas.

Chegamos em Belém segunda feira por volta das 11hs da manhã e contatamos o Claudio Barros pra sabermos como proceder. Marcamos com ele às 16hs no colégio Gentil Bittencourt, a primeira locação do primeiro curta metragem, chamado Shala.

Chegamos ao Gentil e fomos apresentados a alguns atores e ao Milton que é assistente do Claudio. Aos poucos fomos conhecendo outros membros das equipes. Conhecemos também o diretor do filme, João Inácio.

Grande parte da equipe de figurantes é composta de crianças, é muita criança! São mais de vinte. Então, como todo mundo sabe que criança só para quando gasta a pilha, as crianças ficaram gastando a pilha alucinadamente enquanto nos ficamos pilhados pra manter elas em silencio e longe dos equipamentos. Ainda bem que aqui no Gentil tem um playground onde a garotada se divertiu bastante.

Dia 7

Boa parte da estrutura mais pesada: os equipamentos de luz, as câmeras, os trilhos, é alugada e chegou na noite do dia 6 e foi sendo montada pra que dia 7 estivesse tudo certo pra rodar. Nao foi possível começar a filmar no dia 7 devido a problemas na rede elétrica, mas o problema foi resolvido na madrugada do dia 7 pro dia 8.

Uma coisa muito importante é que os equipamentos que são alugados vêm acompanhados, cada um com seus respectivos técnicos. Mas o mais importante é que a produção do filme coloca assistentes daqui da região para assessorarem estes técnicos. Isto funciona muito bem para capacitar a mão de obra local.

Ontem, dia 7, conhecemos o Renato (que é o still do filme) e o Guto (responsável pelo making off). Eles são membros do Coletivo Rádio Cipó. O Rádio Cipó faz, entre-outras-coisas: música. Os caras estão com tudo pronto pra embarcar pra Europa e fazer algumas apresentações, devem ir em setembro deste ano. E já que eles também produzem áudio visual, alem de conversamos também sobre o Festival Quebramar, trocamos idéias sobre as produções da Webtv do Coletivo Palafita. Eles nos falaram sobre um concurso de videoclipes que estão produzindo. Entre-outras-coisas (entre outros prêmios) eles vão premiar o melhor clipe de bolso, daqueles que rodam em celulares. Mais uma porta pras bandas do Amapá entrarem, pois o concurso é nacional.

Dia 8

O curta Shala fala sobre adoção e vai ser todo rodado em locações, não vai ser filmado nada em estúdio. A locação que estamos neste momento é o colégio Gentil Bittencourt, que no filme é um orfanato.

Estamos aqui em Belém graças ao produtor Claudio Barros que, após um contato casual em Macapá e uma reunião com o Palafita, convidou 2 membros do coletivo para estarem nos sets. O próximo curta, “Um Presente Para Eleanor”, começa a ser rodado logo após o “Shala”. Aqui em Belém estamos “enxergando” a verdadeira importância deste estágio, pois estamos vendo o quanto é restrito o acesso às locações, como é sério todo o processo, quanta mão de obra especializada envolvida e os autos custos de se fazer cinema.
O objetivo deste nosso estágio é contribuir para uma capacitação de pessoas do Amapá na sétima arte. Quando voltarmos, trabalharemos para viabilizar o fortalecimento da produção de áudio-visual no Coletivo, além de procurar meios de produzir curtas, docs e outras formas de contar histórias através de imagens em movimento.

Como as filmagens do filme Tainá III serão no Amapá, o que está sendo aprendido aqui, após repassado à comunidade, poderá servir como contribuição a uma futura equipe local que dará suporte ao Tainá III. Conforme já conversamos com o Claudio, em breve realizaremos em Macapá alguns workshops relacionados à produção de cinema.

Estamos (todos nós) aprendendo bastante com este processo, somos muito gratos pelo pela oportunidade.

Amanha mandamos mais informações. Agora vou ali dar uma observada no set, vão rodar mais uma cena

Um comentário:

Alexandre Avelar disse...

Podcreeeeee doido! Bota quente ae! Abraço, e boa sorte!